O CDS vai chamar o ministro da Agricultura, António Serrano, ao Parlamento para fazer um balanço da execução do PRODER (fundos comunitários para a agricultura), advertindo que Portugal pode ter que devolver fundos relativos a 2008.
“Se não executarmos até ao final de 2010 as verbas de 2008, teremos que as devolver. Precisamos de garantias claras que tudo o que está em dívida relativamente ao ano de 2008 é executado para não perdermos dinheiro para Bruxelas”, afirmou o líder parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares.
Em conferência de imprensa para fazer o balanço da execução do PRODER, Pedro Mota Soares anunciou que vai requerer a presença de António Serrano no Parlamento para fazer “um balanço sério” da execução das verbas comunitárias para a agricultura.
“Estamos muito preocupados com o que vai acontecer até 2013. Havendo restrições orçamentais, a tentação de o Governo não inscrever as verbas para executar o PRODER pode ser grande. Queremos ter compromissos claros nesta matéria”, afirmou.
O líder parlamentar do CDS defendeu que é preciso “garantir claramente” que a recuperação do PRODER “é efectiva”.
Pedro Mota Soares sublinhou que em cinco anos, Portugal perdeu “mais de 250 milhões de euros de dinheiro exclusivamente comunitário nos regimes de pagamento único” e está “agora em risco de desperdiçar verbas do PRODER”, um alerta que, sublinhou, também já foi feito publicamente pelo comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos.
Mota Soares alertou ainda que Portugal “vai enfrentar sérias dificuldades em renegociar a Política Agrícola Comum”.
“É difícil pedir mais, ser exigente numa negociação, quando ao mesmo tempo devolvemos a Bruxelas dinheiro que não soubemos utilizar”, disse.
Já hoje António Serrano garantiu à Lusa que Portugal “não corre qualquer risco” de ter de devolver, no final do ano, verbas comunitárias do PRODER, cuja execução “já” supera “os 20 por cento”.
Sábado, 03 Julho 2010 13:05
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