Paulo Portas: Desemprego é "o problema social mais sério"
Paulo Portas, alertou esta terça-feira em Viseu que o desemprego é "o problema social mais sério" de Portugal, criticando o Governo por entender que a "manutenção de nível é uma boa notícia".
"É seguramente o problema social mais sério e não percebo como é que o Governo acha que uma manutenção de nível é uma boa notícia", reagiu Paulo Portas aos jornalistas em Viseu, durante uma visita à escola Grão Vasco.
Na sua opinião, "o problema de um país muito endividado é que paga cada vez mais caro pela sua dívida, o financiamento da sua economia é cada vez mais difícil" e, "se as empresas não tiverem acesso ao crédito, não conseguem investir".
Neste contexto, "não conseguem criar emprego", frisou Paulo Portas, lamentando que 25 por cento dos jovens portugueses não tenham "uma oportunidade de trabalho" e se mantenham níveis elevados "do desemprego das mulheres, sobretudo a partir de uma certa idade", e do desemprego de longa duração.
Para o líder do CDS-PP, é "como se a sociedade portuguesa não desse nem uma primeira oportunidade aos jovens, nem uma segunda oportunidade aos demais".
Segundo o Eurostat, o desemprego em Portugal manteve-se nos 10,9 por cento em Dezembro, face a Novembro, mas aumentou 0,6 por cento face ao mesmo período do ano anterior.
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu esta terça-feira que o Governo deve ser mais reduzido, mas alertou para a necessidade de esta matéria ser "muito bem meditada".
Em Viseu, Paulo Portas disse ser "defensor de um Governo mais reduzido, que tenha menos ministros e menos secretários de Estado, de preferência que tenha os melhores num posto e noutro".
No entanto, frisou que "essa matéria tem de ser muito bem meditada, porque, por exemplo, a agricultura é essencial no Conselho de Ministros", devendo os agricultores e o mundo rural ter "uma voz forte" no Governo.
Paulo Portas considerou que a agricultura é uma área "da qual Portugal precisa como de pão para a boca".
Isto para "produzir mais, para exportar mais, substituir importações" e para que o país não fique "completamente desertificado", justificou.
"A agricultura não pode deixar de estar presente no Conselho de Ministros e mais ainda quando há um quadro comunitário com fundos mal executados e outro a negociar a partir de 2013", sublinhou.
Questionado sobre a possibilidade de redução do número de deputados defendida pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, Paulo Portas disse apenas:
"sobre essa proposta de redução de 50 lacões terá que consultar o nosso líder parlamentar, que é quem responde ao ministro parlamentar".
Quarta, 02 Fevereiro 2011 01:55
CDS com TVI24
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