O ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas pediu ao PS mais realismo e menos pessimismo,
advertindo que a atual conjuntura não recomenda guinadas radicais nem
hesitações, agora que o País está mais distante do "precipício".
Na sua intervenção no encerramento do debate sobre o ‘estado da Nação’, na Assembleia da República, e sem nunca citar os nomes das forças políticas da oposição, Paulo Portas separou a "oposição democrática", o PS, da extrema-esquerda parlamentar "que nem sequer aceitou falar com os credores", o Bloco de Esquerda e o PCP.
Dirigindo parte substancial do seu discurso ao PS, e numa referência implícita a propostas socialistas para flexibilizar os prazos para o cumprimento do programa de assistência financeira, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros referiu o facto de Portugal estar agora a meio do caminho e perguntou se "é agora o momento para vacilar no essencial ou dar guinadas radicais" no cumprimento dos compromissos. "Não é prudente fazê-lo. O processo de ajustamento tem nove avaliações, já foram feitas quatro, as quatro foram manifestamente positivas e Portugal vai a caminho da quinta. Será este o momento para desistir do essencial ou hesitar naquilo que é crucial para a nossa credibilidade e reputação? Vale a pena a nossa oposição democrática ser tão pessimista e negativista que até esquece o contributo que ela deu para a aprovação de importantes reformas estruturais sem a oposição de toda a oposição?", questionou Paulo Portas, numa alusão ao novo Código do Trabalho.
Paulo Portas referiu-se também às origens da crise financeira portuguesa e defendeu que só com realismo as dificuldades poderão ser superadas. "Os portugueses sabem que foi o Estado que criou este problema, sabem que a dignidade depende de um esforço que não pode fracassar, em que ganhamos todos ou perdemos todos, pela simples razão que é a viabilidade financeira, e portanto a viabilidade económica, e portanto a viabilidade social que estão em causa. Por isso, não vale a pena exacerbar divisões, mas vale a pena todos os dias ter abertura política para consensos alargados e ter uma prática de diálogo social para compromissos importantes", afirmou Paulo Portas.
Referindo-se ao "critério do realismo" como critério orientador da política, o responsável pela diplomacia portuguesa disse que "os portugueses que trabalham, os portugueses que empregam e os portugueses que sofrem são os mais realistas", acrescentando que "querem que este período difícil termine antes e não depois e que o Portugal pós-crise seja um país de oportunidades, mais moderno, competitivo e solvente".
Fazendo uma série de comparações entre a realidade do País há um ano, com o Governo de José Sócrates, e a atualidade, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, disse que, um ano depois, "é muito claro que Portugal está bem mais longe do precipício" da insolvência, realidade traduzida nos diferenciais de juro das obrigações portuguesas, que recuaram em todos os prazos.
De acordo com Paulo Portas, a reputação internacional melhorou junto de todas as instituições. "Isto quando ainda há um ano "era frequente e obsessivo comparar Portugal com a Grécia" e agora "essa teoria simplesmente desapareceu", disse, acrescentando que "Portugal tem agora maior margem de manobra para melhorar o processo de ajustamento com a credibilidade que conquistou a pulso". E concluiu: "A nossa credibilidade é a nossa margem de manobra". - In-CDS-PP
Na sua intervenção no encerramento do debate sobre o ‘estado da Nação’, na Assembleia da República, e sem nunca citar os nomes das forças políticas da oposição, Paulo Portas separou a "oposição democrática", o PS, da extrema-esquerda parlamentar "que nem sequer aceitou falar com os credores", o Bloco de Esquerda e o PCP.
Dirigindo parte substancial do seu discurso ao PS, e numa referência implícita a propostas socialistas para flexibilizar os prazos para o cumprimento do programa de assistência financeira, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros referiu o facto de Portugal estar agora a meio do caminho e perguntou se "é agora o momento para vacilar no essencial ou dar guinadas radicais" no cumprimento dos compromissos. "Não é prudente fazê-lo. O processo de ajustamento tem nove avaliações, já foram feitas quatro, as quatro foram manifestamente positivas e Portugal vai a caminho da quinta. Será este o momento para desistir do essencial ou hesitar naquilo que é crucial para a nossa credibilidade e reputação? Vale a pena a nossa oposição democrática ser tão pessimista e negativista que até esquece o contributo que ela deu para a aprovação de importantes reformas estruturais sem a oposição de toda a oposição?", questionou Paulo Portas, numa alusão ao novo Código do Trabalho.
Paulo Portas referiu-se também às origens da crise financeira portuguesa e defendeu que só com realismo as dificuldades poderão ser superadas. "Os portugueses sabem que foi o Estado que criou este problema, sabem que a dignidade depende de um esforço que não pode fracassar, em que ganhamos todos ou perdemos todos, pela simples razão que é a viabilidade financeira, e portanto a viabilidade económica, e portanto a viabilidade social que estão em causa. Por isso, não vale a pena exacerbar divisões, mas vale a pena todos os dias ter abertura política para consensos alargados e ter uma prática de diálogo social para compromissos importantes", afirmou Paulo Portas.
Referindo-se ao "critério do realismo" como critério orientador da política, o responsável pela diplomacia portuguesa disse que "os portugueses que trabalham, os portugueses que empregam e os portugueses que sofrem são os mais realistas", acrescentando que "querem que este período difícil termine antes e não depois e que o Portugal pós-crise seja um país de oportunidades, mais moderno, competitivo e solvente".
Fazendo uma série de comparações entre a realidade do País há um ano, com o Governo de José Sócrates, e a atualidade, o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros, disse que, um ano depois, "é muito claro que Portugal está bem mais longe do precipício" da insolvência, realidade traduzida nos diferenciais de juro das obrigações portuguesas, que recuaram em todos os prazos.
De acordo com Paulo Portas, a reputação internacional melhorou junto de todas as instituições. "Isto quando ainda há um ano "era frequente e obsessivo comparar Portugal com a Grécia" e agora "essa teoria simplesmente desapareceu", disse, acrescentando que "Portugal tem agora maior margem de manobra para melhorar o processo de ajustamento com a credibilidade que conquistou a pulso". E concluiu: "A nossa credibilidade é a nossa margem de manobra". - In-CDS-PP
Quinta, 12 Julho 2012 10:02
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