O CDS-PP defendeu hoje
a realização de um estudo epidemiológico nacional da doença de Alzheimer e a
criação de um estatuto do cuidador informal daqueles doentes.
A deputada do CDS
Teresa Caeiro recuperou um projeto de resolução do partido, aprovado na anterior
legislatura, para reiterar as recomendações aprovadas pela Assembleia da
República, nomeadamente a de um estudo epidemiológico de âmbito nacional.
"É um estudo exaustivo, não só para saber quantos são, mas quantos estão
por diagnosticar, quantas pessoas é que estando diagnosticadas e não têm
acesso aos cuidados necessários, apoio domiciliário, quer apoio
institucional, quer apoio terapêutico. Tudo isto é desconhecido neste
momento", defendeu a deputada hoje, dia mundial do Alzheimer.
Teresa Caeiro explicou
que o projeto de resolução recomendava a "criação de um estatuto do
cuidador informal", sendo "que na esmagadora maioria dos casos são
familiares próximos que assumem esta responsabilidade", que implica
"opções muito dolorosas nas suas vidas, nomeadamente decidirem se
continuam a trabalhar". A deputada acrescentou que "é preciso
também estabelecer metas para uma cobertura adequada de instituições e de
apoio domiciliário, sendo que atualmente não chega sequer a 10 por cento das
necessidades".
Sobre o elevado preço
dos medicamentos para esta doença, a deputada do CDS argumentou que o acordo
entre o Ministério da Saúde e a Apifarma para regularização de dívidas
acumuladas dará uma "capacidade de negociação" maior ao Governo
para agir nessa matéria. "Quando não estamos capturados por uma dívida
monumental, o Estado tem uma maior capacidade de negociação e estou certa que
o ministério e as instituições irão abordar essa negociação para que haja
preços mais acessíveis a esses medicamentos, que, concordo, têm um valor
elevado", disse.
Recorde-se que cerca
de 153 mil pessoas sofrem de demência em Portugal, das quais mais de 90 mil
com a doença de Alzheimer, de acordo com um relatório de 2009 da Associação
Alzheimer Europe.
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21 Setembro 2012 16:24
In: CDS-PP
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