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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Compra da EDP provou que companhias não europeias têm as mesmas possibilidades de entrar em Portugal


Compra da EDP provou que companhias não europeias têm as mesmas possibilidades de entrar em Portugal

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros disse quinta-feira, no Brasil, que a compra da EDP por uma empresa chinesa provou que companhias não europeias têm as mesmas possibilidades de ganhar um processo de privatização em Portugal.

"Quando da privatização da EDP, verificando-se que a proposta chinesa era melhor, ganhou a chinesa. Isso provou que pode ser uma empresa não europeia e, apresentando a melhor proposta, ganhar uma privatização em Portugal", defendeu o responsável pela diplomacia portuguesa, quando questionado sobre uma possível participação de empresas brasileiras na venda da companhia aérea TAP.

Recorde-se que duas empresas aéreas brasileiras, TAM e Gol, demonstraram interesse em participar no concurso da TAP.

Paulo Portas reforçou ainda que a intenção do Governo é garantir a maior transparência possível durante todo o processo. "Quanto está lançado um processo de privatizações, o responsável governamental tem de ser muito formal e muito respeitador daquilo que são as regras dos concursos", enfatizou Portas, em conferência de imprensa, em Brasília.

 

Portugal aguarda com serenidade decisão brasileira sobre vinho

O responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas, disse que Portugal aguarda "serenamente" uma decisão das autoridades brasileiras sobre a possível aplicação de salvaguardas à importação de vinhos.

As declarações de Paulo Portas foram feitas após um encontro de trabalho com o ministro do Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, Fernando Pimentel, na sede do MDIC, em Brasília.

"As instituições portuguesas do vinho, do Estado e do setor privado, trabalharam magnificamente junto com a nossa diplomacia para defender o vinho português e nós agora esperamos serenamente uma decisão das autoridades brasileiras", afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, mostrando-se confiante de que o resultado será positivo para Portugal.

Recorde-se que no início deste ano, na sequência de um pedido dos produtores brasileiros, o Ministério das Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil (MDIC) criou uma comissão técnica para avaliar a necessidade de aplicação de salvaguardas à entrada de vinhos estrangeiros no país. Uma decisão que gerou forte polémica, inclusive entre os consumidores e donos de restaurantes brasileiros, que se posicionaram contra a restrição.

"Toda gente sabe - e são os brasileiros que estão a falar isso - que o vinho português é ótimo. E quando se pode consumir um vinho ótimo, não é bom ficar sem ele", reforçou Paulo Portas.


Portas diz que tensão entre UE e Mercosul não afeta relações entre Portugal e Brasil

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, afirmou, em Brasília, que as recentes tensões entre União Europeia (UE) e Mercosul não afetam as relações entre Portugal e Brasil.

"Uma coisa é a relação entre a União Europeia e o Mercosul ter alguma tensão - e isso é público e conhecido -, outra coisa são as relações entre Brasil e Portugal. Há maneiras entre os dois países de manter um clima favorável e é o que os governos estão a fazer", afirmou o responsável pela diplomacia portuguesa, após um encontro privado com o ministro brasileiro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimental.
Paulo Portas destacou, como prova das boas relações entre os dois países, o facto de o Governo brasileiro ter poupado os produtos portugueses da lista de exceção do Mercosul, divulgada no início desta semana. Lista que inclui uma centena de mercadorias importadas que terão as suas tarifas aduaneiras aumentadas, como forma de proteger a indústria nacional.

"O Brasil publicou ontem [quarta-feira] uma lista de 100 produtos cujos direitos aduaneiros vão ser aumentados e, se consultarem essa lista, poderão verificar que as principais exportações portuguesas para o Brasil foram salvaguardadas", congratulou-se Paulo Portas.

De entre as mercadorias mais importantes no fluxo comercial português para o Brasil estão o vinho, o azeite, metais e peças de aviação. Nenhum desses itens entrou na lista de salvaguardas brasileira

 

IN: CDS-PP - Sexta, 07 Setembro 2012

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