A
Assembleia Municipal de Abrantes, reunida extraordinariamente na noite de
sexta-feira, 12 de Outubro, manifestou-se contra a agregação de freguesias não
emitindo, no entanto qualquer parecer sobre a Lei da Reorganização
Administrativa uma vez que considera que a mesma "não serve os interesses
nem do município nem das freguesias". A deliberação foi aprovada com os
votos da maioria Partido Socialista, contando
ainda sete votos contra do Partido Social-Democrata, três dos Independentes
pelo Concelho de Abrantes (ICA) e um do deputado independente Maximino Chaves. A discussão da reforma administrativa, que era o ponto
3 da ordem de trabalhos, foi presenciada por dezenas de pessoas que ocuparam
todos os lugares destinados ao público, e começou com a presidente da Câmara de
Abrantes, Maria do Céu Albuquerque a explicar que a autarquia até defende uma
reorganização administrativa, mas não a que é definida por esta Lei, que obriga
a uma redução de 50% das freguesias urbanas e 25% das freguesias rurais. Para
João Viana Rodrigues, dos ICA, esta lei "é feia e má".
Já
o eleito do CDS/PP, Jorge Tavares, defendeu uma reorganização administrativa
global e não apenas do "elo mais fraco", as freguesias.
Mais impacto provocou a intervenção de Manuela
Ruivo, do PSD que chegou a apresentar uma proposta para fusão de algumas
freguesias rurais e urbanas com base na premissa que "a lei é para
cumprir". A líder da concelhia social-democrata apresentou uma proposta de
agregação das quatro freguesias urbanas (S. João, S.Vicente, Alferrarede e
Rossio ao Sul do Tejo), com sede em S. Vicente, e a agregação de Rio de Moinhos
e Aldeia do Mato, e ainda a agregação de Souto, Fontes e Carvalhal. Esta
proposta foi chumbada foi chumbada com 30 votos contra e três abstenções. Outro
aspecto de realce foi quando, Diogo Valentim (PSD), presidente da Junta de
Freguesia do Souto, apresentou uma moção de agregação das freguesias de Souto,
Fontes e Carvalhal. O autarca argumentou que a proposta tinha sido aprovada pela
população em Assembleia de Freguesia e que não pretendia entrar em discussões ou disputas com os colegas das
outras freguesias mas a mesma não foi bem encarada pelos representantes das
outras duas freguesias.
Ps: Voto de abstenção do CDS-PP
Ps: Voto de abstenção do CDS-PP
14 Out 2012
In: Mirante on-line
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