Face às especulações
surgidas relativamente à questão orçamental, e sem embargo da reunião
com o Grupo Parlamentar que terei na próxima 6.ª feira, cumpre-me afirmar o
seguinte:
1 – O CDS votará o
Orçamento de Estado considerando que Portugal não pode ter uma crise política
que agravaria, ainda mais, a situação económica e social extremamente sensível
que o nosso País atravessa.
2 – O CDS valoriza a
estabilidade num momento especialmente critico para Portugal, dado que nos
encontramos sujeitos a um Programa de Assistência Económica e Financeira da
comunidade internacional.
O CDS tem em atenção que
Portugal depende desta assistência externa, de que é exemplo o financiamento
que deverá ser aprovado na próxima semana.
O CDS leva ainda em
conta a situação na zona euro, especialmente nalguns Estados-membros, e
considera, por isso, que Portugal deve revelar prudência para evitar perigos suplementares.
O CDS sabe ainda que a
inexistência de um Orçamento constituiria, em si mesmo, incumprimento dos
compromissos estabelecidos com os nossos credores. Face a este quadro de
referência o CDS deve colocar acima de tudo o seu dever de responsabilidade
perante o País.
3 – Em coerência com o
esforço feito dentro do Governo, e em articulação no quadro da maioria, o Grupo
Parlamentar do CDS contribuirá para melhorar aspectos do Orçamento de Estado
até à conclusão do respectivo processo.
4 – O CDS deve estar à
altura das circunstâncias. O CDS tem o peso que os portugueses lhe deram. Sendo
a terceira força política e acreditando nas instituições o CDS sublinha que,
sobretudo numa situação de emergência nacional, todos têm um contributo a dar
para assegurar a estabilidade política, o consenso nacional e a coesão social
em Portugal.
O
Presidente do CDS
Quinta, 18 Outubro 2012 07:07
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