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quarta-feira, 16 de junho de 2010

CRIMES: CDS VAI CHAMAR DE URGÊNCIA MINISTRO JUSTIÇA AO PARLAMENTO


O presidente do CDS afirmou esta terça-feira que irá "averiguar a fundo" as suspeitas de manipulação estatística sobre a prática de crimes com armas de fogo e defendeu uma mudança urgente da lei das armas.

Paulo Portas falava em São Bento no final de uma audiência com o primeiro-ministro sobre a próxima cimeira europeia, quinta-feira, em Bruxelas.

Interrogado sobre a possibilidade de ter havido uma manipulação estatística do número de crimes cometido em Portugal com armas de fogo, o líder do CDS disse que irá "averiguar a fundo" essas notícias.

"Toda a gente sabe que a insegurança aumentou em Portugal, que a criminalidade se tornou mais violento, mais grupal, mais organizada e mais perigosa. Mas as leis portuguesas são condescendentes com o aumento da criminalidade", disse.

Segundo Paulo Portas, as leis portuguesas, em vez de protegerem a autoridade "dão sempre sucessivas oportunidades a quem comete crimes".

"Se o Governo, para disfarçar essa realidade, quiser apagar as estatísticas, em todo o caso não consegue apagar a verdade", advertiu.

O líder do CDS-PP adiantou ainda que vai propor uma alteração à lei das armas, que disse ter "tornado suspeitos – e mesmo quase criminosos – todas as pessoas que têm legalmente armas, por exemplo no universo da caça".

"Mas a lei não perseguiu um único bandido, que precisava de ser perseguido. A alteração da lei das armas prejudicou actividades económicas, como a caça, e não beneficiou o combate à criminalidade", acrescentou.

Já o deputado do Nuno Magalhães reagiu com "estupefacção e preocupação, mas sem surpresa", uma vez que "não é a primeira vez que este Governo em matéria de segurança e os documentos oficiais enviados para a Assembleia da República são objecto de omissões cirúrgicas".

Para o CDS-PP, "ou se trata de uma incompetência grosseira, que necessita ser investigada e sancionada, ou se trata de tentativa de manipulação dos números".

Nuno Magalhães disse, também, que há "uma coincidência cirúrgica", pois os números foram alterados desde 2005, ano em que o PS passou a governar o país e quando a criminalidade violenta começou a aumentar.

O deputado do CDS-PP exigiu uma "explicação rápida e exaustiva" e defendeu a abertura de um inquérito para se perceber o que aconteceu.

Terça, 15 Junho 2010 14:11

CDS com IOL.pt e DD

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