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terça-feira, 26 de outubro de 2010

OE 2011: Relatório da UTAO "dá razão ao CDS no voto contra o OE"

O CDS-PP considerou esta terça-feira que o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) do Parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2011 vem confirmar as razões do Partido para votar contra a proposta do Governo.

A Deputada centrista salienta o facto da UTAO levantar "dúvidas sobre o cenário macroeconómico utilizado pelo Governo, nomeadamente dúvidas sobre o crescimento económico previsto, de 0,2 por cento"

 

Assunção Cristas já disse que "o CDS viu e leu o relatório produzido hoje pela UTAO e temos a dizer que confirma as razões que levaram o CDS a anunciar um voto contra este Orçamento do Estado".

A Deputada centrista salienta o facto da UTAO levantar "dúvidas sobre o cenário macroeconómico utilizado pelo Governo, nomeadamente dúvidas sobre o crescimento económico previsto, de 0,2 por cento", fazendo referência aos estudos mais recentes do FMI e do Banco de Portugal.

"Provavelmente, sem medidas de austeridade estaríamos em estagnação. Portanto, com medidas de austeridade, com o pacote Sócrates estaremos num cenário de recessão", disse Assunção Cristas, considerando ainda que "isto é grave", porque "se não há crescimento económico é a receita fiscal que não se cobra, é desemprego que aumenta ou, pelo menos, é emprego que não é criado e são prestações sociais que têm de ser pagas – portanto, há um aumento da despesa".

A deputada do CDS-PP disse, por outro lado, que este relatório da UTAO "é um grande alerta", porque "vem demonstrar" que, sem as receitas extraordinárias do fundo de pensões da Portugal Telecom (PT), "o esforço que é pedido para 2011 não é apenas 2,7 para cortar no défice, mas, em termos reais é de 3,4 por cento".

Assunção Cristas apontou ainda que, de acordo com a UTAO, "no que respeita ao subsector Estado, o corte no défice é alcançado com recurso a oito por cento da receita e a um por cento no corte da despesa", logo, com "um cenário de recessão económica tudo isto fica alterado e é muito mais difícil atingir os objectivos".

Para o CDS-PP, salientou "há muito a fazer ao nível do corte da despesa do Estado" e lembrou que o seu partido apresentou propostas para emagrecer a despesa do Estado em 600 milhões de euros.

Assunção Cristas salientou também que a UTAO disse "que não consegue contabilizar devidamente" os encargos com parcerias público-privadas "porque há informação que não é dada no relatório do Orçamento do Estado" e queixa-se de falta de informação também "relativamente ao sector empresarial do Estado".


Terça, 26 Outubro 2010 15:02   















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