Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 29 de março de 2010

PAULO PORTAS CRITICA "ERRO DE PLANEAMENTO" NA ABERTURA DE CONCURSOS PARA POLÍCIAS

O líder centrista, Paulo Portas, criticou esta segunda-feira o "erro de planeamento" na abertura de concursos para entrada de novos elementos na PSP e GNR, sublinhando que o efetivo policial vai ser reduzido este ano.

Paulo Portas, que visitou a esquadra da Reboleira na Amadora, manifestou uma "preocupação muito séria pelo facto de, por erro de planeamento", não haver "um único polícia a entrar na PSP ou um único guarda a entrar na GNR" em 2010, apesar de haver aposentações.


"No final do ano, vamos ter um efetivo mais pequeno perante uma criminalidade preocupante", garantiu o presidente do CDS-PP, lamentando que "o governo venha dizer que vão abrir um concurso para 2000 pessoas em 2010 sem dizer a verdade aos cidadãos".

Paulo Portas explicou que são necessários pelos menos 16 meses para que alguém se torne polícia: sete meses para o concurso e mais nove para treino e instrução.

"Se abrirmos o concurso em abril só daqui a 16 meses é que os agentes da PSP e os guardas da GNR estarão efetivamente na rua. Por este erro de planeamento, o país vai ficar com menos polícia e com menos segurança".

O dirigente do CDS-PP voltou também a apelar à necessidade de haver julgamentos mais rápidos para quem é detido em flagrante delito, referindo que na Amadora, das 1200 detenções anuais, 700 são em flagrante delito.

"Se conseguirmos que as detenções em flagrante delito conduzam a um sistema de justiça rápida em que o delinquente é obrigatoriamente julgado nas 48 horas seguintes, o país começa a confiar no sistema judicial e a polícia tem razão para acreditar que correr risco de vida vale a pena, pela segurança de outros".

Rendimento mínimo: "Eles são bem gordinhos podem bem trabalhar"

Maria O. tem 66 anos e esta segunda-feira "vestiu-se à pressa" quando soube que Paulo Portas estava na esquadra da PSP da Reboleira. Dona-de-casa transmontana diz que não aguenta mais "os romenos" e pede aos jornalistas para não divulgarem o seu nome. "Se não ainda me matam", desabafa. Maria aponta o dedo, nervosa e indignada, e protesta contra o rendimento mínimo. Vê em Paulo Portas a esperança de Justiça e desabafa: "Eles são bem gordinhos podem bem trabalhar".

"Os romenos. A gente não pode aguentar uma coisa destas. É para o senhor falar lá com o primeiro-ministro, se ele viesse aqui, eu ia presa que eu tratava-o mal. Eu nem o posso ver. Tenho-lhe uma raiva que não o posso ver", disse ao líder do CDS- PP.

"Vesti-me à pressa para me queixar ao Portas", afirma revoltada, mas ressalva sempre: "Eu não sou contra a imigração. Não sou contra quem trabalha. Quem trabalha tem direito. Mas eles são homens e mulheres novas, são bem gordinhos, podem bem trabalhar. Mas só sabem ocupar os apartamentos e dar cabo de tudo", desabafa ao tvi24.pt.

Paulo Portas no final da reunião com o comandante da esquadra ouviu os desabafos de Maria. "Fez muito bem em falar comigo. Sabe o que tenho dito sobre o rendimento mínimo, não sabe?", pergunta o líder que atentamente pega na mão da idosa na tentativa de acalmar. Mas não é fácil calar a revolta de Maria.

"Eles tão a ganhar 500 euros, disse-me uma delas no outro dia. Eu trabalhei vinte anos, fui reformada, estou a ganhar 250 euros, aumentaram-me três euros, e eles estão a ganhar 500 euros e nunca fizeram descontos, nem para a Caixa, nem para nada", contesta.

Sem comentários:

Enviar um comentário