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quinta-feira, 3 de junho de 2010

PORTAS: SUBIDA DOS IMPOSTOS «PERVERSA» AGRAVA DESIGUALDADES

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou esta quarta-feira que o aumento de impostos que vai estar em discussão na Assembleia da República significa que em Portugal "quem trabalha paga mais impostos e quem não quer trabalhar recebe mais subsídios".

"A denúncia que o CDS faz, acompanhada por muita gente, é que em Portugal quem trabalha paga mais impostos e quem não quer trabalhar recebe mais subsídios", disse.

"Em Portugal está a verificar-se uma politica perversa: carregar os impostos das empresas que dão trabalho e dos trabalhadores que produzem, e continuar a condescender uma série de subsídios, como o rendimento mínimo, que muitas vezes são aplicados a quem não quer trabalhar", acrescentou.

Paulo Portas esteve no Montijo, onde visitou uma empresa de produção de flores, considerando que o objectivo da visita foi "dar um sinal claro que o CDS está ao lado de quem trabalha e dá trabalho aos outros", contra o aumento de impostos "decidido pelo PS e apoiado pelo PSD".

"Quando o CDS diz que é contra o aumento de impostos, que começa com o IRS e vai continuar com o IVA, tem a ver com a nossa discordância em relação a um estado que não disciplina a sua despesa e está sempre a pedir sacrifícios à classe média e com a nossa homenagem ao valor trabalho", referiu.

O líder do CDS-PP considera que o que esta quarta-feira vai a votos é "um imposto sobre o trabalho" e lembrou que a carga fiscal do IRS vai subir enquanto o rendimento mínimo "está 18 por cento acima do ano passado".

Paulo Portas aproveitou também para deixar críticas a José Sócrates.

"O Primeiro-ministro diz que país tem boas notícias em matéria de desemprego e deve ser o único a dizê-lo. Prova bem que não tem os pés assentes no chão. Estamos com mais 250 desempregados todos os dias, mais empresas que não conseguem recorrer ao crédito e manter os postos de trabalho", afirmou.

Vítor Araújo é o proprietário da empresa, que início a sua laboração à 14 anos, e que nesta altura tem cerca de 20 hectares de produção de flores e 75 empregados.

"Fazemos produção, essencialmente, para Portugal, de modo a colmatar o que é necessário para o mercado nacional, pois ainda se importam muitas flores", referiu à Lusa, explicando que têm cerca de 20 variedades de flores, com destaque para as gereberas.

Em relação ao aumento de impostos, o empresário defendeu que vai trazer mais dificuldades.

"As empresas dão trabalho a tanta gente, atravessam fases difíceis e os aumentos de impostos não serão benéficos, retraindo alguns investimentos", concluiu.

Quarta, 02 Junho 2010 14:50

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