Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Paulo Portas anuncia fim da "espiral depressiva"


Vice-primeiro-ministro, em entrevista à Renascença, fala do fim do programa de ajustamento e da carta de intenções ao FMI
A "espiral depressiva" causada pelo programa da "troika" acabou e a carta de intenções que o Governo vai escrever ao Fundo Monetário Internacional (FMI) "reflecte aquilo que as pessoas já conhecem", garante o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, em entrevista ao programa "Terça à Noite" da Renascença.

"De cada vez que havia uma missão da troika, uma avaliação, um relatório, criava-se um ambiente, muito alimentado pela comunicação social, a que eu chamo, com ironia, espiral depressiva, era uma angústia antecipada, as pessoas achavam que vinha aí mais e mais. Isso termina”, defende Paulo Portas.
O "número dois" do Governo refere que o documento ainda não está finalizado, mas vai ser constituído pelo Documento de Estratégia Orçamental (DEO) e pelos compromissos da 12ª e última avaliação da "troika".
Paulo Portas diz que os procedimentos do FMI levam a que a carta de intenções não seja conhecida nesta fase, como exige o Partido Socialista
Sobre o fim do programa da "troika", o vice-primeiro-ministro afirma que "o país não pode voltar à irresponsabilidade", mas vai voltar a ser um país "normal" e colocar um ponto final na "espiral depressiva".

“A vida das pessoas não muda a instantaneamente de um dia para o outro. No dia 17 de Maio, politicamente muda uma coisa muito importante para todos nós, enquanto nação. Num resgate o Estado é obrigado a negociar com os seus credores as leis que submete depois ao Parlamento. Isto não é viver em situação normal em termos democráticos. Foi a isso que chamei co-Governo com os credores. Digo~, com muito orgulho, que isto muda a partir de 17 de Maio”, sublinha o governante.

Nesta entrevista ao programa "Terça à Noite", Paulo Portas admite que "ainda falta fazer uma reforma na segurança social, para o futuro. Tem a ver com os jovens, com os que vão entrar no mercado de trabalho ou têm carreiras contributivas muito curtas".

O governante defende o ministro da Segurança Social, Mota Soares, na questão do corte nas pensões, e considera que a ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, "dá 10 a 0 a qualquer ministro socialista”.

Paulo Portas também sai em defesa do primeiro-ministro, quando Pedro Passos Coelho garantiu que os impostos não iam aumentar e, dias depois, o IVA sofreu um agravamento.
“O primeiro-ministro referia-se às medidas do Documento de Estratégia Orçamental, que são essencialmente na despesa”, afirma o número dois do Governo. Outra coisa é a questão das pensões, sublinha.

06-05-2014

Sem comentários:

Enviar um comentário