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domingo, 4 de maio de 2014

"Sairemos do programa sem qualquer cautelar", confirma Passos Coelho


"Hoje, em Conselho de Ministros, o Governo decidiu que sairemos do programa de assistência sem recorrer a qualquer programa cautelar", disse Pedro Passos Coelho numa declaração ao País a partir de São Bento feita na presença dos outros ministros do Governo.

"Podemos fazer agora esta escolha porque, tal como consta na declaração final emitida na sequência da última avaliação da troika, o programa está no bom caminho para o seu termo e colocou a economia portuguesa no caminho da solidez das finanças públicas, da estabilidade financeira e da competitividade", acrescentou o líder do Governo.

Mesmo já sendo conhecida esta escolha - o Diário Económico avançou com a opção ainda durante o mês de Fevereiro -foi hoje o dia em que Passos Coelho oficializou a decisão, após um curto conselho de ministros extraordinário. Amanhã esta opção será formalizada em reunião do Eurogrupo.

"O que os portugueses conseguiram nestes últimos três anos converteu-se num grande voto de confiança por parte dos nossos parceiros. Sabemos que podemos contar com eles nesta nova fase da nossa história", garantiu o primeiro-ministro.

Na declaração também não faltaram críticas à oposição e à falta de consenso político durante os três anos de assistência financeira. Argumentando que no momento da saída do Governo de José Sócrates o PSD colaborou na assinatura do memorando, Passos apontou o dedo ao facto de na altura de o aplicar não ter existido um "apoio idêntico".

"A falta de compromisso político acentuou ainda mais a incerteza e as dificuldades, obrigando, por vezes, à alteração de medidas e das correspondentes expectativas das pessoas. Foi a determinação extraordinária dos portugueses - e, é justo dizê-lo, de muitos parceiros sociais - que nos permitiu superar todos os obstáculos", disse.


Apontando ao futuro próximo, o primeiro-ministro declarou o "compromisso que não voltaremos à política da estagnação e da irresponsabilidade que nos empurrou para o precipício". E citou a "recuperação do emprego e da economia" como prioridade




Filipe Garcia e Paulo Alexandre Coelho (fotografia


04-05-2014


20:10

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