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segunda-feira, 15 de junho de 2009

SAÚDE: CDS ACUSA MINISTRA ANA JORGE DE "PRECONCEITO IDEOLÓGICO CONTRA AS MISERICÓRDIAS"

O CDS-PP acusou este Sábado a ministra da Saúde, Ana Jorge, de ter um “preconceito ideológico contra as misericórdias”, criticando-a por “se recusar a utilizar os recursos e capacidades instaladas” para cuidados continuados disponibilizadas por essas instituições.



“O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) veio pôr o dedo na ferida, porque apesar das misericórdias terem uma capacidade instalada de duas mil camas, e um enquadramento logístico e técnico de médicos, de enfermeiros e de auxiliares, essas camas têm uma taxa de ocupação de 70 ou 80 por cento”, considera a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro.



Na opinião da deputada democrata-cristã, a taxa de ocupação das misericórdias na prestação de cuidados continuados “devia ser maior face às necessidades que existem” e o facto de o Estado “não reencaminhar os doentes” está a prejudicar financeiramente as instituições.



“O Estado celebra acordos com as misericórdias, elas assumem esse compromisso mas depois o Ministério da Saúde não reencaminha os doentes. Isto é um contra-senso quando a ministra e o primeiro-ministro se desdobram em inaugurações”, criticou a dirigente centrista, frisando que as instituições “gastam dinheiro em equipamento técnico e em pessoal especializado” mas “só recebem” retorno financeiro do Estado pela “ocupação efectiva” de camas.



A deputada do CDS-PP Teresa Caeiro afirmou que “o preconceito ideológico da ministra da Saúde está a prejudicar os doentes” e deu como exemplo o caso das operações às cataratas, para que, no ano passado, algumas autarquias levaram munícipes a Cuba para serem submetidos a uma cirurgia.



“Nas operações às cataratas as misericórdias tinham capacidade e meios para prestar apoio na área da oftalmologia e a ministra preferiu desembolsar mais de 20 milhões de euros para um sistema de recuperação no próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS), em intervenções cirúrgicas que demoram 15 ou 20 minutos”, observou a deputada do CDS-PP.



Segundo Teresa Caeiro, nessa altura existiam “32 mil pessoas a aguardar [a operação] e 107 mil à espera de uma primeira consulta de especialidade em oftalmologia”, quando as “misericórdias tinham capacidade para fazer 3 mil cirurgias por mês”.



“Mesmo assim, a ministra não quis utilizar essa capacidade instalada, insistindo que as cirurgias tivessem de ser todas feitas nos hospitais públicos”, referiu a deputada democrata-cristã.



“A forma como o Governo tem encarado este problema é uma ilusão que está a penalizar muitíssimo as misericórdias e quando sabemos que as carências são enormes, penso que esta [a das misericórdias] é uma resposta fundamental e importantíssima”, concluiu.



CDS com DD

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