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sábado, 13 de outubro de 2012

DEVEMOS HOMENAGEAR A CORAGEM, EMPREENDORISMO, DE EMPRESÁRIOS E TRABALHADORES


Hélder Amaral, vice-presidente da bancada democrata-cristã enalteceu hoje o esforço dos empresários portugueses que, apesar da crise generalizada, "com todo o esforço, mérito e empenho, conseguiu adaptar-se às difíceis circunstâncias", resultando no facto de Portugal ser hoje um país mais exportador e para mais destinos.

Numa declaração política, o deputado do CDS-PP afirmou ainda que "devemos pois prestar homenagem a coragem, empreendorismo, de empresários e trabalhadores, mas para o CDS-PP também os esforços do Governo nesta área têm sido decisivos para este bom desempenho das exportações: é hoje claro que existe um guião coerente e articulado para a promoção e a defesa dos interesses da economia nacional no exterior".

Declaração política de Hélder Amaral:

Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados,

Foram ontem conhecidos os dados que confirmam que nos primeiros 8 meses deste ano, as exportações portuguesas de bens cresceram 9,6%, o que significa uma subida de mais de 2,6 mil milhões de euros, tendo, por sua vez, as importações diminuído 4,3%.

Tais factos significaram uma redução da Balança Comercial em mais de 4,3 mil milhões de euros.

Em 2012, existiram meses em que as exportações cresceram quase 14%, como é exemplo o mês de agosto, o que correspondeu a um aumento de mais de 400 milhões de euros comparativamente com o período homólogo do ano passado. Algo que é extremamente positivo para a economia portuguesa.

Com uma Europa em crise, o tecido empresarial português, empresas empregadoras e trabalhadores com todo o esforço, mérito e empenho, conseguiu adaptar-se às difíceis circunstâncias, e o resultado é que Portugal é hoje um país mais exportador e para mais destinos.

Devemos pois prestar homenagem a coragem, empreendorismo, de empresários e trabalhadores, mas para o CDS-PP também os esforços do Governo nesta área têm sido decisivos para este bom desempenho das exportações: é hoje claro que existe um guião coerente e articulado para a promoção e a defesa dos interesses da economia nacional no exterior.

A AICEP encontra-se actualmente integrada no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em estreita articulação com o Ministério da Economia, o que contribui para incluir a dimensão da internacionalização da nossa economia como elemento essencial da política externa portuguesa.

Assim, enquanto as exportações portuguesas, nos 8 primeiros meses do ano, para dentro da União Europeia cresceram 3,8%, apesar da forte retração destes mercados, por seu turno, para fora da União, cresceram 27%. Hoje, o comércio com os países extra-comunitários representa já 29% do nosso comércio com o exterior.

A título de exemplo, só para a China, de janeiro a junho, Portugal exportou 441 milhões de euros em bens, um valor em muito superior aos 156 milhões de euros exportados para aquele país no mesmo período do ano anterior, o que corresponde a um aumento de 182%!

Por conseguinte, são esperados resultados muito positivos para a balança comercial portuguesa.

O Banco de Portugal prevê que o valor das exportações portuguesas supere, no final deste ano, o valor das importações.

Será a primeira vez que tal acontece desde 1943.

Desde então Portugal comprou sempre mais ao exterior do que vendeu, mas este ano, de acordo com as previsões, tal deverá ser diferente.

O Portugal que exporta é um exemplo para todos de que é possível vencer dificuldades, que há qualidade e boa imagem do País nos principais mercados.

Com efeito, o que Portugal exporta diz-nos que é possível fazer mais e melhor, que é possível ultrapassar o atual momento com menos ilusões, com mais clareza, concentrados no que é essencial, e com menos instabilidade e menos paragens nos diversos sectores. É neste contexto, que as greves nos Portos portugueses são mais uma dificuldade que urge ultrapassar.

SENHORA PRESIDENTE, SENHORAS E SENHORES DEPUTADOS,

Os Portos portugueses possuem esta importância acrescida para o interesse nacional.

 O CDS-PP vê com muita apreensão as greves, nomeadamente as do setor portuário.

A título de exemplo, de acordo com o Presidente da Associação Comercial de Lisboa, neste mês, as empresas que exportam através do Porto de Lisboa deverão ter um prejuízo de 425 milhões de euros… ou a perda de um milhão de euros que se perdem por semana, segundo os produtores de Pêra-rocha.

O CDS-PP defende que o direito à greve é um direito legítimo e fundamental. Contudo, num momento difícil de emergência nacional, num momento em que os sacrifícios são muito exigentes, num momento em que as exportações apresentam um grande dinamismo, é preciso que todos saibam estar à altura das suas responsabilidades.

É-nos, por isso, exigida uma reacção patriótica. É-nos, por isso, exigido que estejamos à altura daquilo que os portugueses esperam de nós. E isso significa ter bom senso, ponderação e concertação.

Por conseguinte, hoje dizemos com clareza que a greve dos Portos, com as razões que possam ou não existir, não respeitam os interesses dos portugueses das empresas e dos trabalhadores, e não contribuem para que estas, num mundo global cada vez mais competitivo e exigente, possam responder com eficácia ao interesse nacional e aos direitos dos trabalhadores.

Sem rodeios e com clareza, quando existe um país que trabalha, que se esforça e que procura vencer os desafios, não pode haver outro país que pára, podendo colocar em causa o desenvolvimento e a sustentabilidade da economia nacional. O Governo, dentro da legalidade e com os mecanismos previstos na lei, pode e deve intervir, pois trata-se de uma questão de independência nacional de Portugal e dos portugueses.

In: CDS-PP

Quinta, 11 Outubro 2012

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