Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PAULO PORTAS ACUSA PSD DE "CEDER" AO PS NA AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

O presidente do CDS-PP acusou este Sábado o PSD de ter “cedido” ao PS na matéria da avaliação dos professores e recusou falar do “caso das escutas” alegando que o seu partido tem uma “agenda focada”.

Paulo Portas, que visitou a Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, disse estar “focado” em questões como a não entrada em vigor a 01 de Janeiro do Código Contributivo, a suspensão do modelo de avaliação dos professores e na salvação do Programa de Desenvolvimento Regional (Proder).

Uns têm como agenda as escutas, eu tenho problemas focados”, disse, recusando comentar o caso das escutas ao primeiro-ministro e criticando o facto de, na mesma semana, o PSD “praticamente ter chamado corrupto ao PS” e depois “ceder na questão dos professores”.

“Tanta indignação em público e tanta combinação em privado”, afirmou, sublinhando que considera normal que, “num Parlamento onde não há maiorias absolutas, se procurem compromissos ou acordos”, mas já não que esse acordo “seja totalmente favorável ao PS”.

Portas insistiu na necessidade de suspensão do modelo de avaliação dos professores, sob o risco de, ao avançar para uma segunda fase de um modelo “que todos sabem que vai terminar” se irem criar “novas disparidades entre professores”.

“O CDS teve o bom senso de proteger os interesses dos avaliados no primeiro ciclo, mas é relevante saber suspender e apresentar ideias novas”, afirmou, acusando o PSD de ser “muito escasso” sobre o que deve ser o novo modelo.

Portas saudou “os primeiros sinais” de que o Governo estará a ceder na questão do Código Contributivo, reafirmando que ele não deve entrar em vigor a 01 de Janeiro por representar um aumento de impostos para todos, atrasar a retoma e não dar um sinal de confiança à economia.

O líder do CDS anunciou ainda que vai apresentar segunda-feira “ideias” para “começar já a trabalhar na recuperação” da agricultura, defendendo a adopção de medidas específicas para o sector num momento de crise, a exemplo do que fizeram outros países europeus, “incidindo no acesso ao crédito e nos factores de produção”.

Por outro lado, insistiu que o Estado tem que começar a pagar “a tempo e horas” os pagamentos únicos (RPU), lembrando que se trata de dinheiro “100 por cento comunitário” e que há “200.000 agricultores com pagamentos em atraso ou fora de controlo”.

Não pode voltar a acontecer”, afirmou, prometendo ainda apresentar medidas para “tornar rápido, eficiente e flexível” o Proder, frisando que “nenhum agricultor pode esperar dois anos por uma decisão sobre a sua candidatura”.

Nesse sentido, Portas saudou o anúncio feito, também na Golegã, pelo ministro da Agricultura, António Serrano, de que criou um grupo de trabalho com as confederações agrícolas para um “simplex” no Proder, considerando que é um “reconhecimento de que o CDS tinha toda a razão”.

“Se o Governo reconhece isso ainda bem. Nós vamos contribuir com soluções muito práticas para que as candidaturas sejam rápidas e simples”, afirmou.

CDS com DD e RTP

Sem comentários:

Enviar um comentário