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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PAULO PORTAS CRITICOU GOVERNO POR NÃO INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS

Paulo Portas, criticou esta quinta-feira o Governo por não investir na agricultura e nas pescas, sublinhando que "o próprio Instituto Nacional de Estatística diz que há 25 por cento dos agricultores em risco de falência".

O dirigente partidário falava aos jornalistas em Viana do Castelo, onde se deslocou para participar na tradicional romaria de embarcações na foz do rio Lima.

"Portugal enfrenta uma situação de endividamento muito séria, a qual deve ser combatida com uma política de exportações e de substituição de importações que passa pelas pescas e pela agricultura", afirmou, desvalorizando as declarações do primeiro-ministro sobre um alegado início de um processo de inversão da crise económica.

Portas viajou na traineira "Sempre em frente" que se integrou numa procissão marítima com dezenas de outras embarcações, uma das festas religiosas mais importantes da romaria de Nossa Senhora da Agonia.

Insistindo na tese de que "para a economia crescer há que reduzir o endividamento", o líder centrista perguntou: "o ministro da Agricultura, quando critico chama-me nomes…Agora que o que vai chamar ao próprio INE que diz que há 25 por cento dos agricultores em risco de falência?".

Frisou que Portugal só foi uma nação independente porque tem o mar, uma das maiores fontes estratégica de riquezas de qualquer país, defendendo, por isso, a necessidade de se investir nas pescas, na construção naval, na investigação e na energia das ondas.

Lembrou que quando foi ministro da Defesa dos governos de Durão Barroso e Santana Lopes encontrou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo em situação de pré-falência, tendo, por isso, decidido apoiar a empresa e os mil trabalhadores que emprega, através da construção de navios para a Marinha.

"Sinto orgulho do que fiz, mas hoje os Estaleiros estão, de novo, em grandes dificuldades", afirmou.

Sobre este assunto e quando se encontrava na traineira que passou junto ao Estaleiros Portas disse à Lusa, olhando para o navio Açores e para os "patrulheiros" em construção para a Marinha, que era uma "tristeza nacional" se a única empresa com capacidade para trabalhar para a Marinha viesse a fechar as portas.

Questionado sobre recentes declarações do primeiro-ministro José Sócrates, sobre a existência de alegadas boas perspectivas para o futuro da economia portuguesa, Paulo Portas disse ser incompreensível que o governante faça tal afirmação, quando há 250 mil jovens sem emprego.

"Há 250 mil jovens que gostavam de construir um sonho de vida a trabalhar e não o conseguem por falta de emprego", acentuou.

Em termos eleitorais e em jeito de apelo ao voto, o presidente do CDS disse que os portugueses devem compreender que o partido "trabalha muito", tese que justificou com o facto de os deputados centristas terem, na legislatura que agora acabou, apresentado 210 iniciativas cada um, enquanto que a média dos parlamentares do PSD foi de oito e a do PS, de seis.


CDS com DD

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