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quarta-feira, 20 de maio de 2009

CDS DIZ QUE MINISTRO DA AGRICULTURA "CAPITULOU SEM LUTA" FACE A FIM DAS QUOTAS LEITEIRAS

Agricultura (o fim do regime de quotas leiteiras), educação, ensino superior e qualificação dos recursos humanos, foram os temas centrais da visita do cabeça de lista do CDS-PP às Eleições para o Parlamento Europeu, Nuno Melo, à Ilha Terceira, durante esta quarta-feira.

Acompanhado pela candidata dos Açores na lista nacional às Europeias de 7 de Junho próximo, Emiliana Silva, os populares iniciaram o dia com uma visita ao Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e ao novo Centro de Actividades Ocupacionais da ACM (Associação Cristã da Mociedade), na Terra-Chã.

Nuno Melo mostrou-se, desde logo, preocupado com os elevados índices de abstenção, que habitualmente se verificam neste acto eleitoral, apelando ao elevado nível do debate e a uma campanha pedagógica para cativar os eleitores: “é um esforço que tem que ser feito e que tem que ser colectivo, pois quando a abstenção é muito grande coloca-se em causa a legitimidade dos eleitos”.

“A nossa primeira mensagem tem sido exactamente no sentido da mobilização dos eleitores e de explicar-lhes a importância deste acto eleitoral”, acentuou.

Relativamente aos assuntos abordados pelos candidatos democratas-cristãos, Melo apontou a importância da educação, ensino superior, investigação, formação profissional e ensino vocacionado para a integração de deficientes, porque “se é verdade que a educação é fundamental, tendo em conta a realidade de Ultraperiferia dos Açores, mais determinante é ainda”.

A temática que maior tempo gastou aos candidatos do CDS-PP foi a Agricultura. Aqui os populares são fortes críticos do Ministro Jaime Silva que acusam de ter “capitulado sem luta” na questão das quotas leiteiras, aceitando o fim do regime “como se fosse uma inevitabilidade”.

“O ministro que se tem dado ao luxo de desperdiçar milhões de euros de fundos comunitários para a agricultura, é o mesmo ministro que quando percebe o fim de um sistema tão importante para a Região e para o País capitulou sem luta. Não foi capaz de ser o dinamizador ou de se juntar a outros países para se esforçarem no sentido de defender os interesses dos agricultores portugueses em Bruxelas e tentar o prolongamento da data final prevista para o fim deste sistema de quotas”, lamentou.

Em boa verdade, prosseguiu Nuno Melo, “aqui nos Açores o que o Sr. Ministro conseguiu foi uma visita para ser entronizado confrade do queijo de São Jorge, o que é muito pouco. Mais se justificaria que aqui tivesse vindo para explicar aos agricultores, debater com eles, eventualmente até pedir-lhes conselhos, para levar daqui mandato para lutar em Bruxelas por um sector tão fundamental para a nossa economia”.

Para os centristas “este ministro está associado sempre às piores notícias” e “tal qual desperdiça fundos comunitários, em relação às quotas capitulou sem luta”, reforçou, acrescentando que “tendo em conta um sector tão importante para Portugal o que faria sentido é que o Sr. ministro fosse o dinamizador, o primeiro a reivindicar de Bruxelas a importância deste sistema e tentar o seu prolongamento”.

Os centristas afirmam que os que lhes cabe fazer “é denunciar estes problemas”.

Melo lembra ainda que “todos os países civilizados têm na agricultura um sector vital e estratégico; cerca de 50% do dinheiro da União Europeia é Política Agrícola Comum; Portugal tem uma dependência alimentar de 2 mil milhões de euros”.

Por isso, salienta, “fazia sentido que nessa conjuntura internacional de crise, Portugal investisse na sua agricultura e que em Bruxelas reivindicasse do essencial das medidas que permitam também em Portugal transformar este sector vital e estratégico”.

Em conclusão, lamenta, “o que choca é que, tendo em conta as especificidades dos Açores, perceber-se a forma como o ministro capitula sem luta. Porque é que o ministro não quis ser o rosto da luta por um sector que garante emprego e que garante o sustento de tantas famílias”, questionou.

Isto porque, rematam, “nós já vimos na União Europeia, na Agricultura, decisões tidas como inevitáveis serem alteradas, desde logo quando existiram países que conseguiram influenciar as decisões”.



CDS

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