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terça-feira, 19 de maio de 2009

CDS QUER UMA INSTITUIÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL EM CADA UM DOS 100 BAIRROS PROBLEMÁTICOS


O CDS-PP quer que o Estado contratualize com uma instituição de solidariedade social em cada um dos 100 bairros problemáticos do país a gestão de programas sociais, uma solução que considera "inovadora".Paulo Portas, esteve na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, na companhia do candidato do partido às eleições europeias de 7 de Junho, onde afirmou que esta é uma das questões sobre as quais vai querer ouvir o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, no Parlamento.
A proposta do CDS-PP é que sejam as Instituições Particulares de Solidariedade Social, que trabalham no terreno e tratam as pessoas e os problemas "por tu", a gerirem uma parte dos programas sociais "mediante critérios objectivos", como a redução da toxicodependência e do abandono escolar, o aumento da estima pelas habitações e pelos bens públicos e da empregabilidade dos jovens, afirmou. "Queremos ouvir o ministro sobre uma proposta inovadora, que é um passo à frente em matéria de políticas sociais", disse. "Uma coisa que o país percebe é que estão a falhar as políticas sociais nos bairros problemáticos", disse, acusando o Estado de "achar que resolve tudo com o rendimento mínimo, com rendas gratuitas e depois as pessoas não procuram respeitar os bens públicos, há vandalismo" e os que, nesses bairros, trabalham, pagando com os seus impostos o rendimento mínimo, "sentem a insegurança, os seus carros danificados". Outra questão com que Rui Pereira vai ser confrontado pelos democratas-cristãos é a falta de comprometimento com a transferência de efectivos para Setúbal, "um dos distritos com maior défice de policiamento" no país. Segundo Paulo Portas, Rui Pereira será ainda questionado pelo seu partido sobre a legislação penal "que, muitas vezes, na prática, acaba por destruir o trabalho da polícia". "Não é admissível que a polícia arrisque a vida para deter um meliante e depois, quando ele é presente a Tribunal nada lhe aconteça, sai em liberdade, tenha que se apresentar semanalmente a uma força de segurança e depois não se apresenta, volta a cometer um crime, muitas vezes mais grave que o primeiro",afirmou. O líder popular insistiu que os julgamentos de "bandidos apanhados em flagrante delito" em 48 horas passe a ser uma regra, para que os cidadãos voltem a ter confiança no sistema. "Precisamos de leis penais que sejam dissuasoras do crime e protejam efectivamente as vítimas e de políticas sociais nas zonas de maior conflitualidade que sejam de proximidade", frisou. Portas criticou a decisão do primeiro-ministro tomada em Fevereiro de 2007, de cancelar as entradas na PSP, sendo a "lição" desta legislatura a de que "Portugal precisa de recuperar os efectivos policiais". Segundo disse, os mil agentes que estão em formação em Torres Novas "já deviam estar no terreno, não fosse a decisão lamentável, amadora e errada" de José Sócrates.



CDS com Público.pt

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