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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Será hoje entregue na AR o requerimento para audição de Lopes da Mota

O cabeça-de-lista do CDS-PP às eleições europeias, Nuno Melo, revelou este Domingo, que o requerimento elaborado pelo partido para pedir a presença do presidente do Eurojust na Assembleia da República será entregue segunda-feira de manhã.

À margem de uma visita à Feira da Brandoa, no concelho da Amadora, o candidato disse esperar "que o PS não impeça o que o país espera": as explicações de Lopes da Mota [presidente do Eurojust] ao Parlamento, na sequência do processo disciplinar que lhe foi movido pelo Conselho do Ministério Público por alegada interferência no caso Freeport.

"O doutor Vitalino Canas, porta-voz do PS aguarde, que amanhã cedo terá esse requerimento e poderá dizer ao país que Lopes da Mota poderá ser ouvido", afirmou.

Nuno Melo voltou a criticar a posição do Ministério da Justiça depois de o jornal Sol ter referido sábado que o presidente do Eurojust terá admitido que invocou o nome do ministro daquela pasta, Alberto Costa, em conversas com os procuradores que investigam o caso Freeport.

"Não é normal um membro da Eurojust reconhecer que usou mal o nome do ministro e manter-se no cargo, não é normal que o ministro da Justiça não se indigne e não peça responsabilidades. A posição do Ministério diz tudo", defendeu o candidato.

O Eurojust, representado em Portugal pelo procurador José Luís Lopes da Mota, é uma instituição da União Europeia criada em 2002 para aumentar a eficácia das autoridades competentes dos Estados-membros na investigação e acção judicial nos casos mais sérios de crime organizado onde estejam envolvidos dois ou mais países.

O processo relativo ao centro comercial Freeport de Alcochete prende-se com alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele espaço, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.

Depois da visita à Feira da Brandoa, Nuno Melo reafirmou também as suas críticas aos orçamentos do PS e do PSD para as eleições europeias em contexto de crise, sublinhando que a campanha do CDS-PP terá um orçamento "modesto".

"A nossa campanha não é feita de excessos, não é superficial e de plástico. A nossa campanha faz-se na rua, a falar com as pessoas. Avalie-se o trabalho legislativo, veja-se o que cada deputado fez e decida-se", declarou o cabeça-de-lista democrata-cristão.

CDS com DN.pt

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