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sexta-feira, 1 de maio de 2009

PAULO PORTAS ALERTA CONTRA POLÍTICAS QUE QUEREM "VOLTAR A UMA FORMA DE PREC"

O líder do CDS-PP rejeita a “estatização da economia”, porque considera que esses são “valores aventureiros” e que não é com “esquerdismo” nem “nacionalizações” que Portugal se vai desenvolver.
Paulo Portas foi o orador convidado num almoço promovido pelo American Club, em Lisboa, onde fez um diagnóstico à situação do país e voltou a critica à política de investimentos públicos do Governo.
“Portugal não pode voltar aos valores aventureiros que no período da revolução deram cabo da sua economia e contribuíram para o nosso atraso, ou para demorarmos muito mais tempo a atingir, pelo trabalho e pelo esforço, os níveis de prosperidade a que qualquer europeu, portanto também qualquer português, tem direito”, declarou.
“Querem voltar a uma forma de PREC [Período Revolucionário em Curso], nós pela nossa parte combatê-los-emos. Portugal não pode voltar aos valores aventureiros que, no período da revolução, [de 25 de abril de 1974] deram cabo da sua economia e contribuíram para o nosso atraso ou para demorarmos muito mais tempo a atingir pelo trabalho e pelo esforço”, afirmou.
O Primeiro-ministro José Sócrates e a política do Governo estão na mira de Paulo Portas, que também está preocupado com as grandes obras públicas que vão gerar emprego, mas sobretudo postos de trabalho não qualificados e nem sempre para portugueses.

Portas disse ver “outra vez” a “suspeição sobre as empresas”, a “facilidade com que se levantam impostos” e a “mesma retórica colectivista sobre a propriedade privada” que considerou não serem a resposta à crise.

"Acham que foi com esquerdismo, utopismo e nacionalizações que a Eslováquia e Malta ultrapassaram Portugal? Não, foi com empresas que geram empregos, com impostos baixos e competitivos e com exigência na escola. São estes os valores que permitem socialmente progredir", apontou Portas.

Para Paulo Portas, “o facto de, para muitos cidadãos, este primeiro-ministro já não ser capaz, não quer dizer que Portugal não seja capaz”.

Por isso, disse, “basta que seja capaz de se unir em torno de uma missão, cumprir objectivos e apostar nos valores que estão certos”, acrescentando que “o primeiro passo” é “assumir a história de Portugal” e ter “um patriotismo lúcido”.

A este propósito, Paulo Portas fez questão de criticar o facto de, na cerimónia de canonização de Nuno Álvares Pereira, a 26 de Abril passado, em Roma, “a primeira figura do Estado presente era a sétima no protocolo”, referindo-se ao ministro dos Negócios Estrangeiros.

“Isso revela alguma coisa sobre o indicador de confiança no nosso passado e o que revela é preocupante”, considerou. O líder do CDS-PP criticou também a comunicação social, que considera estar mais predisposta a certos temas do que a outras que são tabu.“É ser racista, é ser xenófobo, dizer que quando a economia não gera postos de trabalho a política de imigração tem de ser mais controlada e mais restritiva? Isto é mero bom senso. O CDS faz esta pergunta em todos os debates quinzenais ao Primeiro-ministro, quantas vezes é que viu essa pergunta nas rádios ou na televisão? Zero [vezes], porque há temas que são tabus, que não se podem discutir, porque nós vivemos debaixo do culturalmente correcto e do politicamente correcto”, afirmou Paulo Portas.Sem fugir ao politicamente incorrecto, o presidente do CDS avisa que não é possível fazer as reformas que o país precisa, insistindo no actual esquema de “bloco central”.


CDS com RR

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