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domingo, 3 de maio de 2009

EUROPEIAS: PAULO PORTAS CRÍTICA ESBANJAMENTO NA CAMPANHA

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, criticou este Sábado os gastos dos restantes partidos na campanha para as eleições europeias, acusando-os de "esbanjamento" e de ignorarem os pedidos de contenção do Presidente da República.

"Uma campanha eleitoral não é um circo. E isto, a meu ver, é esbanjamento. O PSD vai gastar 2,2 milhões de euros, o PS 1,5 milhões de euros, o PCP 1,2 milhões de euros, o Bloco de Esquerda 800 mil euros, o CDS metade disso. Só os partidos do 'centrão', juntos, são quase quatro milhões de euros. E a seguir às europeias vêm as legislativas e as autárquicas...", disse, no final de uma visita ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota.

Para Paulo Portas, "os portugueses estão justamente enfurecidos pelo facto de, estando Portugal na situação económica e social em que está, havendo meio milhão de desempregados, havendo tantas pequenas empresas com dificuldades para fazer pagamentos no fim do mês e havendo uma crise muito funda", só o CDS ter decidido por "uma campanha austera, sem um único gasto a mais, por respeito à situação do país e dificuldades das pessoas".

"Nós cumprimos com que o Presidente da República disse, outros preferiram gastar. O CDS é o partido que apresenta gastos mais modestos. Os portugueses que meditem sobre essa atitude de esbanjamento numa altura de especiais dificuldades", sublinhou.

O líder dos centristas acusou ainda o Governo de ter contribuído para "o pior mandato agrícola de que há memória em Portugal".

"Num momento em que Portugal tinha 1.268 milhões de euros à sua disposição para investir na agricultura o Governo preferiu não investir 850 milhões de euros. E com isso deixou de criar riqueza, deixou de estimular investimento e até perdeu receita. Numa altura de crise nacional profunda, um país tem de se virar antes de tudo o mais para os seus recursos naturais e humanos. Temos um défice alimentar superior a dois mil milhões de euros por ano. Podemos produzir mais, importar menos, exportar mais, mas para isso é preciso que no mínimo o Estado pague a tempo e horas e cumpra os seus compromissos com os empresários agrícolas e aqueles que fazem da agricultura uma forma de subsistência".

No Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, onde o mais recente santo português, Nuno Álvares Pereira, está em destaque, Paulo Portas sublinhou a importância do Condestável.

"Na história de Portugal há inúmeros momentos de crises muito profundas. Mas houve sempre uma reserva de coragem e patrimonismo, que foi capaz de transformar as dificuldades em vitórias, que não pensou em prudências ou em riscos. Lutou corajosamente para mudar as circunstâncias e venceu. O Condestável é um deles, pela sua bravura, humildade, pela sua dedicação aos outros, pela capacidade de se despojar de todos os bens e importâncias que teve, tendo garantindo para Portugal a independência".


CDS com DN

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