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quarta-feira, 1 de abril de 2009

CDS QUER MELHORIAS NO COMBATE AO CANCRO

O CDS-PP propõe ao Governo que ordene a realização de rastreios regulares aos cancros mais comuns em Portugal. Os centristas entendem que o tratamento oncológico precisa de ser melhorado por isso entregam, esta quarta-feira, um projecto de resolução no Parlamento, no qual se defende ainda a redução dos tempos de espera para uma cirurgia.

Este projecto de resolução, é apresentado quase dois meses depois de representantes dos oncologistas terem criticado, numa "Carta de Princípios", o "desperdício e ineficiência" na utilização dos recursos, a falta de profissionais e a inexperiência e incapacidade de alguns médicos.

A deputada Teresa Caeiro explica que esta inicitiva surge por que
"não se têm registado melhorias nas taxas de mortalidade dos doentes com cancro" e por haver "negligência e falta de força política" por parte do Governo no combate ao cancro.

"Não há equipas [médicas] multidiscipliares, equipamentos de radioterapia em número adequado, as listas de espera têm vindo a aumentar", advogou, citando a "Carta de Princípios".
Teresa Caeiro, vai ainda mais longe ao dizer que, "Portugal tem registado um aumento da taxa de morte por cancro, o que não é aceitável", tal como não é aceitável que existam apenas 100 médicos especialistas em oncologia, quando "deviam existir 200", afirmou a deputada Centrista.As listas de espera também não devem continuar a crescer como acontece actualmente com doentes à esperarem " três a quatro semanas por uma consulta de especialidade ou de cirurgia," disse Teresa Caeiro.Assim, o projecto de resolução dos democratas-cristãos, propõe a criação "imediata" de centros de confirmação de diagnóstico e tratamento de tumores malignos, a funcionar, de acordo com as necessidades, em complemento com os Institutos Oncológicos de Lisboa, Porto e Coimbra.

As unidades, designadas na generalidade por Centros de Elevada Diferenciação e Centros de Tratamento, estão previstas desde 2008 e são já usadas para a obesidade mórbida e a doença renal crónica, precisa o CDS-PP.

Desta forma, os três centros de tratamento do país (Institutos de Oncologia de Lisboa, Porto e Coimbra) que "não têm capacidade para atender todos os doentes", ficariam muito mais descongestionados e haveria um diagnóstico muito mais rápido.Os democratas-cristãos defendem igualmente rastreios "sistemáticos", e de âmbito nacional, aos cancros "com maior incidência na população", como sejam os da mama, do colo do útero, do cólon e do recto.

A criação de um Registo Oncológico Nacional, com a divulgação de dados "em tempo real" que "permitam estimar a incidência" dos tumores malignos que afectam mais pessoas e a sobrevivência ao fim de cinco anos, bem como o aumento da formação de especialistas de Oncologia Médica, Radioterapia e Anatomia Patológica e o reforço da investigação são outras medidas propostas.

A divulgação de normas de orientação para o diagnóstico e tratamento de tumores malignos, assim como a referenciação adequada dos doentes para efeitos de tratamento e a projecção e planeamento das necessidades de profissionais e equipamentos são outras medidas enumeradas no projecto de resolução.




(www.cds.pt)

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