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sexta-feira, 24 de abril de 2009

PAULO PORTAS: "O FACTO DE JOSÉ SÓCRATES JÁ NÃO SER CAPAZ, NÃO QUER DIZER QUE PORTUGAL NÃO SEJA CAPAZ"

O líder do CDS/PP, Paulo Portas, citou as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para Portugal para defender que "a recessão é muito mais profunda do que o previsto" e vai criar "uma situação de emergência social".

Paulo Portas afirmou porém que "o facto de José Sócrates já não ser capaz, não quer dizer que Portugal não seja capaz" e lembrou várias outras crises que o País enfrentou ao longo da sua história para recordar que "nunca foi derrotado, houve sempre uma reserva de coragem".

"Com a liderança e a organização devidas, os portugueses são obviamente capazes", acrescentou. Segundo o líder centrista, a previsão do Fundo Monetário Internacional feita ontem para Portugal aponta para um crescimento negativo superior a quatro por cento e um desemprego de mais de 11 por cento. "É uma recessão muito mais profunda do que o previsto", frisou Portas, para quem "é bom que o primeiro-ministro perceba que num país com mil novos desempregados por dia a urgência vai para os jovens que perdem o posto de trabalho e casais em que ambos estão no desemprego".
Paulo Portas, que falava quarta-feira, num jantar-debate, promovido pela Associação Comercial do Porto, falou ainda pela primeira vez sobre a reivindicação de várias forças vivas do Norte para a autonomização do Aeroporto Francisco Sá Carneiro em relação à ANA e ao Aeroporto de Lisboa.
"Sim", respondeu Paulo Portas quando questionado por um empresário sobre a sua receptividade às reivindicações dos que defendem que o Sá Carneiro não deve ser "moeda de troca" para o financiamento do novo aeroporto de Lisboa e que deve ser alvo de uma gestão autónoma.
Na sua intervenção, o líder do CDS/PP reafirmou várias das suas críticas à actuação governamental, nomeadamente quando acusou José Sócrates de ser "praticamente o único primeiro-ministro da Europa que não usou a baixa de impostos para enfrentar a crise", apontando exemplos como os de Espanha e Alemanha.
"Se o pagamento especial por conta fosse reduzido, o IVA mais equitativo, o reembolso mais tempestivo e alguns impostos devolvidos à classe média e aos mais desfavorecidos, diminuiria significativamente a pressão sobre as pequenas e médias empresas", afirmou.
"São precisas empresas para gerar riqueza e emprego. Portugal já teve um PREC (Processo Revolucionário Em Curso, após o 25 de Abril de 1974), não precisa de outro", acrescentou. Portas criticou ainda a opção por grandes obras públicas, considerando que elas "só criam determinado tipo de emprego que em muitos casos nem é nacional".


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