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quinta-feira, 30 de abril de 2009

FONTES terá sido a freguesia com maiores dificuldades diante do desajustado PDM

Ressalta desde logo o elevado índice de dispersão da população ao longo dos 28 km2 da sua área, registada já no Censos de 1991, exactamente de 48,2 % quando a média do concelho se cifrava nos 9,7 %. Todavia o PDM de 1995 nada fez para articular as povoações entre si.
É a freguesia mais distante da sede do concelho: 25 km!
Tem o maior índice de envelhecimento: 264,5 % enquanto a média do concelho é de 184,1 %.
Perdeu 133 habitantes na faixa dos 0 aos 14 anos e perdeu 308 na faixa dos 15 aos 65 anos.
TEVE A MAIOR TAXA de PERDA de POPULAÇÃO: 34,8 % entre 1991 e 2001.
FONTES é bem a prova de que o PDM foi um desastre completo.
Com outro PDM mais flexível poderia fazer valorizar 7,5 km2 do seu território ( a quarta parte da sua área como freguesia de povoados dispersos) adaptando-o às potencialidades com que toda a gente sabe molhar a boca, (desenvolvimento e turismo), mas que no segredo dos gabinetes tudo bloqueiam e aniquilam.
O turismo rural e urbanismo rural e as quintas, um desenvolvimento sustentado e assente em bases autóctones afinal não têm as ferramentas necessárias dentro do quadro do ordenamento local.
As populações detentoras da posse das suas terras ficaram desapossadas, mais pobres e abandonadas à sua sorte, quando um quarto da área da sua freguesia, segundo preços aferidos no mercado imobiliário, valeria cerca de 900 milhões de euros.
Isto é, cerca de 7,5 km2 ( apenas um quarto da área da freguesia) libertada para uma utilização virada para as pessoas e para o desenvolvimento dos seus habitantes tradicionais, era tudo o que esse PDM não preparou, nem quem o elaborou quis levar isso em conta.
Puro egoísmo sectário e uma encenação maquiavélica, de que quis ter uma cidade forte, sem cuidar de que a força estava nas suas freguesias e na albufeira. É triste ver, como estes 15 anos se perderam, inutilmente.
Nada há que possa servir às gentes das Fontes e de tantas outras freguesias que sofreram com o mesmo PDM sectário, feito por teóricos de gabinete, cínicos, preconceituosos e cruéis.
ANTES do PDM a relação de preço dos terrenos(agro-florestais), susceptíveis de várias transformações agrícolas, mesmo que tivessem uma casa anexa, diante da sua estrada confinante, em relação aos terrenos na periferia da cidade era de 1 para 2. Na cidade valiam o dobro.
Actualmente varia de 1 para 100 ou para 120 vezes mais!
O preço do m2 nas Fontes ronda o 1 € por m2 e na periferia da cidade é de 80 a 120 € por m2.
Gostaria de saber se os professores que se fizeram autarcas, não acham revoltante esta situação, se lhes batesse à porta, ou lhes afectasse o seu estatuto de carreira ou a dupla reforma a que almejam...
Fontes sofre da maior DISPERSÃO de populações. Isso atacava-se permitindo maiores perímetros aedificandi nos intervalos de uma povoação para a outra. Mas não foi isso o que o PDM veio colmatar.
É preciso que isto seja dito bem alto e repetido muitas vezes mais.

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