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quinta-feira, 9 de abril de 2009

CDS acusa Banco de Portugal de faltar reiteradamente à verdade

O CDS acusou hoje o Banco de Portugal de “faltar reiteradamente à verdade, e em diversos momentos, ao Parlamento” quando os seus responsáveis garantiram não ter tido conhecimento do Banco Insular antes de 15 de Maio de 2008.
Em causa está a acta de uma reunião do Conselho Superior do BPN entregue à comissão parlamentar de inquérito pelo antigo presidente daquele órgão, Rui Machete, e que Nuno Melo mencionou hoje em conferência de imprensa para exemplificar “as contradições insanáveis” dos responsáveis do Banco de Portugal (o governador Vítor Constâncio e o vice-governador Pedro Duarte Neves) nas declarações prestadas sobre o banco Insular aos deputados das comissões de orçamento e finanças e de inquérito à nacionalização do BPN.Na acta da reunião, de 12 de Maio de 2008, vem referido que o antigo presidente do BPN, Abdool Vakil mencionou o facto do senhor vice-governador do Banco de Portugal, "numa reunião havida recentemente, ter considerado que a melhor solução era a venda dessa entidade [Insular] a terceiros”.Nas audições perante as comissões de orçamento e finanças e inquérito à nacionalização do BPN, Constâncio e Duarte Neves asseguraram só ter tido conhecimento do banco Insular numa carta que lhes foi enviada por Vakil, a 15 de Maio de 2008.Nuno Melo citou ainda o relatório de uma auditoria realizada pelo Banco de Portugal ao BPN em 2004, em que os responsáveis pela inspecção concluem a existência de práticas irregulares no banco.Entre elas o facto de a atribuição de crédito ser realizada à margem da análise de risco de cliente, de existir sobrevalorização dos resultados do grupo e transacções suspeitas entre clientes do BPN e o grupo SLN.No relatório de auditoria, concretizado em 2005, são ainda referidas as relações entre o BPN e o libanês Al-Assir, bem como o processo da Sogipart (a ex-SLN Imobiliária que foi vendida a cinco accionistas, mas manteve-se no grupo através de uma off-shore), revelou Nuno Melo.“O Banco de Portugal não pode afirmar ter apenas indícios [de irregularidades] quando os seus próprios documentos revelam o seu conhecimento sobre factos de gravidade extensa”, sublinhou o deputado.


(http://www.cds.pt/)

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