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terça-feira, 28 de abril de 2009

Este executivo municipal nem sabe comprar um penico!


O anúncio de que os SMA iam adquirir uma etar compacta ( um equipamento portátil em poliester, capaz de servir até 1.200 utentes, para abreviar explicações técnicas) e assim apresentarem o caso como uma solução de génios, mais vincou toda a incompetência que tem reinado naquele executivo municipal, que se estendeu aos SMA, à vereadora responsável dos SMA e que por fatalidade também é responsável pelo Ambiente e pela entidade inter-municipal de análise das águas de consumo, o que nos deixa a todos perplexos.
Também merece um reparo, a constituição em Janeiro de 2007 de uma parceria com a Abrantaqua. É que face a tão atribulados procedimentos e a tão fraco apoio técnico ou sanitário, não encontramos justificação para a existência de semelhante parceria, a não ser para forçar aos custos de água e serviços ao dobro do que se pratica nos concelhos da Lezíria, como já demos conta.
Desde a divulgação pública deste caso, e pensando nestes últimos dez anos, um longo tempo em que a etar não funcionou, não podemos aceitar que o nosso concelho possa ser governado por um executivo tão incompetente e tão criminoso ( houve crime ambiental).
Tal como o Abrantes Popular desde sempre alertara a nova etar, anunciada há dias e agora dada como suspensa, visava no fundo, servir os futuros moradores dos prédios de duas urbanizações cujos prédios ainda não se começaram a construir. É a própria vereadora quem confirma que actualmente os utentes são apenas 600 e os 2.500 só depois de construídas essas duas novas urbanizações ( Vale dos Carochos e Colina do Tejo).
Deixando agora de lado a hipótese de em tempo oportuno já se ter podido executar o desvio do esgoto de mais de uma centena de moradias no alto do Barro Vermelho via Encosta da Barata ( sob o viaduto da Avª das Forças Armadas) o que teria ainda facilitado muito mais a solução de uma etar compacta, observe-se pois, algumas das justificações apresentadas pela CMA:
«A informação, confirmada à Agência Lusa pela vereadora Céu Albuquerque, foi já comunicada à Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARHT), estrutura descentralizada do Ministério do Ambiente que, após um alerta da estrutura concelhia do Bloco de Esquerda, efectuou em Março uma inspecção ao local, tendo considerado que o facto da ETAR dos Carochos verter directamente e sem tratamento para o Tejo era "insustentável".A ARHT oficiou a Câmara de Abrantes, dando um prazo de 20 dias para esta apresentar uma proposta de solução, constando no relatório da inspecção, a que a Lusa teve acesso, a "situação de abandono" em que a ETAR dos Carochos se encontra, "denotando um avançado estado de degradação".A responsável pelo pelouro do Ambiente da Câmara de Abrantes afirmou à agência Lusa que a resposta ao ofício "seguiu de forma atempada" e que as soluções apresentadas à ARHT passam pela "instalação imediata de uma ETAR compacta, que dará o devido tratamento ao efluente, enquanto não se constrói uma nova ETAR no local.»"Esta ETAR compacta é um sistema que confere uma resposta imediata ao problema, uma vez que é adquirida já feita, completa e pronta a instalar no local pretendido", afirmou."Com a construção da nova ETAR, que estava prevista para 2010, mas cujos prazos vamos tentar antecipar, este sistema será retirado e utilizado para outro aglomerado populacional que necessite de ser servido por um sistema semelhante", acrescentou a autarca.Céu Albuquerque disse, também, qie "atendendo a que é uma zona de crescimento e expansão da cidade, a futura ETAR dos Carochos terá uma capacidade de tratamento para um aglomerado populacional de 2.500 a 5.000 pessoas, contra as actuais 600, de forma a poder acolher os efluentes das novas urbanizações que estão a ser construídas no local".A vereadora explicou que as anomalias verificadas na ETAR dos Carochos, "a menor das três que servem a cidade", devem-se a um "processo judicial que se arrasta há dez anos", entre o município e a empresa construtora."Esta acção decorre do facto da Câmara de Abrantes se ter recusado a aceitar a empreitada -- instalação de equipamento -, uma vez que não correspondia ao que era exigido em caderno de concurso, tendo encetado um processo litigioso que ainda hoje decorre", afirmou.Segundo disse, a futura ETAR "será construída ao lado da actual, de modo a aproveitar a conduta de transporte de efluentes e não aumentar mais os custos de instalação".
É caso para dizer, para tão rica poupança, demorou demasiado Srª Vereadora!
(http://abrantes-popular.blogspot.com)

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