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domingo, 19 de abril de 2009

CRISE: PAULO PORTAS CONSIDERA "INTERESSANTE" ALERTA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O líder do CDS-PP, considerou este Sábado, “interessante” a intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, que alertou sexta-feira o Estado para um “maior activismo”, sem “intervencionismos populistas ou voluntarismos sem sentido”, nos problemas sociais.

“Achei interessante”, disse, Paulo Portas no final de uma visita ao Lar da Fundação Nossa Senhora da Esperança, em Castelo de Vide, Portalegre.

“O Presidente da República diz que temos que ter um Estado mais dinâmico do ponto de vista social e eu estou de acordo”, sublinhou.

Segundo Paulo Portas, o Estado deve ser “mais dinâmico” em relação àqueles que perdem o posto de trabalho, mas que querem trabalhar e em relação aos que trabalharam toda a vida, como os pensionistas.

“Ajudar quem perdeu o seu posto de trabalho, já. Ajudar os casais que não têm emprego, já. Ajudar os idosos que têm pensões baixas, já. Agora não me peçam para apoiar financiamentos à preguiça ou financiamentos a quem não quer trabalhar como às vezes acontece, infelizmente, no rendimento mínimo”, declarou.

Sobre os alertas lançados pelo Presidente da República na questão do endividamento público, Paulo Portas mostrou-se também de “acordo” com Cavaco Silva.

“Hoje em dia um bebé nasce em Portugal e já está endividado, relativamente a grandes projectos e grandes obras que não autorizou nem votou”, lamentou.

De acordo com Paulo Portas, o investimento público deverá ser direccionado para a obras de “dimensão pequena e média”, que cheguem “rapidamente” à economia e que tenham efeito sobre “todo o emprego”.

O Presidente da República chamou na sexta-feira também à atenção para a necessidade de criar normas éticas que regulem o funcionamento da economia, uma medida com a qual Paulo Portas disse também concordar.

“Eu tenho falado respectivamente numa economia de mercado com responsabilidade ética. Por exemplo, precisamos de reguladores e supervisores que sejam rigorosos e atentos, que não sejam cobardes nem conformados”, disse.

“O país assistiu ao que assistiu no BCP, BPP e BPN, porque havia gente que cometia fraudes e crimes e porque quem tinha obrigação de os detectar, não os detectou, não quis ser incómodo”, criticou.

Esta situação, segundo Paulo Portas, levou a que “o contribuinte pagasse uma factura elevadíssima”.

De acordo com o líder do CDS-PP, “o país vai pagar 2,5 milhões de euros por fraudes que não cometeu e por fraudes que o Banco de Portugal deveria ter detectado”.

Questionado sobre os últimos episódios em redor do caso Freeport, Paulo Portas simplesmente declarou: “À política o que é da política e à justiça o que é da justiça”.


(www.cds.pt)

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