Enquanto todos os partidos procuram avançar com a apresentação do candidato à Câmara e sublinhar o discurso desse candidato, coisa natural tratando-se a eleição do presidente de câmara, como o acto central das eleições autárquicas, a aposta de outro candidato foi diferente, mas não foi inocente, nesse propósito.
Com toda a liberdade em o fazer, - não é essa a questão - há no entanto, que não deixar passar em claro, certos contornos difusos e equívocos.
Sendo a primeira apresentação, a do candidato à Assembleia Municipal, imediatamente se percebeu a fraqueza dos argumentos dessa candidatura. Patente, desde logo, na justificação algo caricata de que o candidato à assembleia deixou a candidatura do colega e amigo, porque na terceira conversa o outro lheteria feito sentir que ele candidato à assembleia era muito importante...
Egocentrismo puro!
Depois,nunca nas declarações prestadas foi revelada uma preocupação em melhorar as condições dos munícipes ou outra situação altruísta, que não passasse pelo ataque aos partidos. Porém, do partido que abandonou em 1982, não se lhe ouviu uma única critica. As criticas foram para os outros.
Talvez a abrir caminho, para o que o candidato à câmara virá dizer a seguir...
Estranha forma de esconder os reais objectivos de uma postura de cariz revanchista e de ordem meramente pessoal.
Patética no elogio ao presidente cessante, visando nessa postura demonstrar que o eleitorado seria incapaz de votar diferente e de fazer uma escolha séria e livre. Daí, a preocupação no elogio fácil para iludir os incautos.
Os abrantinos precisam que lhe digam e mostrem tudo o que há para mostrar e nunca que os queiram tomar por tolos.
Essa foi a razão da Candidatura do Abrantes Popular vincar desde cedo a sua posição crítica a falsas posturas éticas, endeusadas em títulos vazios, como o dos "independentes".
Nada como a frontalidade para afastar os equívocos.
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