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sexta-feira, 10 de abril de 2009

NUNO MELO DESAFIA BANCO DE PORTUGAL A CEDER DOCUMENTOS À COMISSÃO INQUÉRITO

Nuno Melo desafiou hoje o Banco de Portugal a enviar à comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN o relatório de supervisão de 2005, frisando que as acusações que fez são "sustentadas em documentos".

"Tudo o que eu digo é sustentado em documentos, tudo o que o Banco de Portugal vem afirmando, só se tem justificado em declarações e muitas vezes contraditórias", afirmou Nuno Melo.
O Banco de Portugal refutou quarta-feira as acusações de Nuno Melo segundo as quais o supervisor sabia da existência do Banco Insular e faltou à verdade na comissão de inquérito parlamentar ao caso BPN.

Em comunicado, o Banco de Portugal atribuiu as "conclusões precipitadas" de Nuno Melo a "ignorância ou má-fé" sobre o modo como decorrem os processos de supervisão.

"Se a comissão parlamentar de inquérito em relação ao BPN no que toca à supervisão isso só se deve à recusa reiterada do Banco de Portugal em colaborar enviando documentos e informações acerca da supervisão", contrapôs o deputado, em declarações à Agência Lusa.

Recusando "má-fé" nas declarações que fez, o deputado insistiu que o Banco de Portugal deve "no tempo útil de funcionamento da comissão [que termina em Maio], enviar o relatório de supervisão de 2005", frisando que "quem não deve não teme".

"Esse relatório revela em si mesmo graves contradições entre aquilo que em 2005 foi apurado e aquilo que um elemento da supervisão disse o Banco de Portugal conhecer à época relativamente ao BPN", afirmou.

Quanto à acta da reunião de 12 de Maio de 2008 do conselho superior da SLN, que o deputado do CDS apresentou quarta-feira em conferência de imprensa, dá conta de uma reunião antes dessa data com o vice-governador do Banco de Portugal, Duarte Neves, em que este terá sugerido à Sociedade Lusa de Negócios (SLN) que vendesse o Banco Insular a terceiros.

O Banco de Portugal negou as acusações e afirmou que "nunca o vice-governador [do supervisor] produziu ou poderia ter produzido tal afirmação relativa ao Banco Insular".

"Essa referência na acta do conselho superior da SLN não faz qualquer sentido e traduz, no mínimo, um lapso ou um mal-entendido por parte dos seus autores", defendeu quarta-feira o Banco de Portugal.

Face a esta justificação, Nuno Melo frisou que nunca "alguma vez essa acta foi questionada, corrigida ou rectificada como seria suposto se os factos não correspondessem à verdade".

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